Você sabe identificar a dependência emocional?

Vamos falar sobre a dependência emocional? 

Essa condição é caracterizada pela necessidade de uma pessoa em depender do outro para se sentir feliz e tomar suas próprias decisões. Ela pode criar raízes desde a infância e persistir até a vida adulta, podendo resultar em graves prejuízos para a saúde mental. Essa forma de se relacionar com o outro desgasta as relações já que a pessoa projeta suas expectativas no outro e depende dessa pessoa para se sentir feliz, amado e confiante para tomar decisões e fazer escolhas importantes em sua vida. 

Dentro dessa forma de se relacionar o medo é uma emoção muito presente, a pessoa não se sente segura para assumir a responsabilidade pela própria vida e passa a viver com grande receio de fazer escolhas erradas, tomar decisões ruins e até mesmo de ser rejeitado ou abandonado, fazendo com que ela passe a viver delegando essas responsabilidades a uma outra pessoa.

A dependência excessiva em qualquer tipo de relacionamento acarreta em prejuízos. O apego exacerbado a alguém comumente é relacionado a relacionamentos amorosos, mas é importante ressaltar que ela também pode ocorrer com familiares, amigos e até mesmo figuras de autoridade. 

Para vencer a dependência emocional é importante que a pessoa se torne consciente dessa dependência e a partir daí  comece a  deixar de condicionar sua vida e felicidade ao outro,  passando  a reconhecer o seu valor, cultivando pensamentos positivos sobre si mesmo e percebendo suas capacidades assim como suas limitações. 

Entender que é preciso aceitar suas decisões e as consequências delas e percebendo que se é capaz de decidir o que é melhor para sua vida assim como também é capaz de lidar com as intercorrências e desafios que possam decorrer delas.

Somente ela está no controle de seus sentimentos, emoções e comportamentos e passar a planejar sua vida em torno de si, percebendo suas necessidades como importantes e assumindo o controle de sua vida fará  com que ela se sinta cada vez mais confortável e segura para viver uma vida independente e funcional.

Se você se identificou com o texto não deixe de buscar ajuda profissional. Algumas vezes essa condição está relacionada a algum transtorno mental, o que torna a situação mais delicada, precisando ser tratada e acompanhada com atenção e cuidado.

Conheça e diferencie algumas das Abordagens Psicoterapêuticas

É muito comum que os pacientes tenham dúvidas quanto a diversidade das abordagens psicoterapêuticas. Neste artigo irei destacar de forma simples e sucinta três abordagens muito utilizadas em consultório por psicólogos. É importante ressaltar que diversos estudos mostram que não existe uma abordagem que seja mais efetiva que outra, mas sim, que o que realmente faz a diferença é a capacitação do psicólogo e a confiança que o paciente tem em seu terapeuta.

PSICANÁLISE

A Psicanálise foi criada por Freud, que desenvolveu a ideia da psicoterapia realizada através da fala, onde nela seria possível tratar os problemas psíquicos. Essa abordagem tem como base a noção do inconsciente, compreendendo que questões inconscientes podem influenciar e causar sintomas. Nela o paciente deita no divã, de costas para o terapeuta, e tem liberdade total para falar sobre o que vem em sua mente, sem impedimentos ou conduções.

O psicanalista deve ajudar o paciente a relembrar, recuperar e reintegrar conteúdos do inconsciente de forma que a vida atual se torne mais satisfatória, propondo conexões entre o que é dito e os problemas que levaram a pessoa a procurar terapia. O objetivo é estimular o paciente a desenvolver seus insights.

Duração: São recomendadas várias sessões por semana, e pode durar muitos anos.

Indicação: É indicada aos pacientes que apresentam problemas crônicos de personalidade ou que desejem obter um profundo conhecimento de sua personalidade.

GESTALT TERAPIA

A Gestalt Terapia se encontra dentro da Psicologia Humanista. É uma abordagem focada no aqui e agora, ou seja, no que está acontecendo no momento presente do paciente. O terapeuta não somente escuta o paciente mas presta atenção em seus gestos, postura, tom de voz e expressões faciais. O paciente é analisado em relação ao meio em que vive e como são suas atitudes dentro desse meio.

Se trata de uma linha aberta, não direcionada, porém em algumas situações pode-se utilizar técnicas que favoreçam a vivência do paciente. Ela defende a ideia de que a mudança ocorre quando a pessoa passa a ser o que ela realmente é. Para essa linha é importante que o paciente possa vivenciar as coisas ao invés de apenas ter um entendimento racional, já que quando isso ocorre ele passa a ter um entendimento integral (pensar, sentir e agir).

Duração: Pode durar meses ou anos, variando com a evolução do tratamento.

Indicação: É indicada aos pacientes que sentem que sua vida esta estagnada ou sem rumo.

TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL

A Terapia Cognitivo-Comportamental, criada por Aron Beck é baseada na teoria Behaviorista de Skinner, e tem como objetivo modificar os pensamentos que atrapalham a vida do paciente. Essa abordagem mostra que através de muito treino e utilização de pensamentos funcionais isso pode ser alterado. Considera que o indivíduo é resultado de aprendizagens, assim, é focada em processos cognitivos e nos pensamentos.

Essa linha compreende que os processos cognitivos e os pensamentos distorcidos geram sintomas. O terapeuta busca auxiliar o paciente a fazer uma avaliação mais objetiva e realista das situações, desenvolvendo o treino de suas habilidades e de novos comportamentos, fazendo o uso de técnicas direcionadas.

Duração: Pode variar de 20 a 30 sessões, dependendo do caso.

Indicação: É indicada para o tratamento de problemas pontuais como por exemplo: ansiedade e depressão.